terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CORTE DE ÁRVORES NA CASA DO POVOADOR

Matéria do JP
A nova imagem da Casa do Povoador
Foto: M. Germano/JP



Antes era assim
Foto de Adraetano


Duas árvores que afetavam Casa do Povoador, em Piracicaba, são cortadas
Lilian Geraldini
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015 10h30
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Foto: M. Germano/JP

Duas árvores que ocupavam o entorno da Casa do Povoador foram cortadas nesta segunda-feira (2/01). 
A medida, segundo informado pela prefeitura, foi tomada seguindo orientação do Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural), que apontou risco ao prédio. 
As árvores eram das espécies tipuana e jambolão. 
O corte foi realizado por empresa terceirizada pela Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente). 
A Casa do Povoador é tombada pelo Codepac e Codephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão estadual, além do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), como sítio arqueológico. 
Segundo a prefeitura, o Codepac emitiu um ofício em novembro do ano passado solicitando o corte. 
O diretor do setor de patrimônio histórico do Ipplap (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba), o arquiteto Marcelo Cachioni, citou que, no caso da tipuana, a árvore cresce muito e acaba causando problema. 
“Toda vez que ventava ou chovia, quebrava telha, dava goteira, o que poderia até atingir uma obra do acervo da Casa. Aí a raiz entrou e deu o que chamamos de recalque, um tijolo do chão subiu. Além disso, elas podiam cair”, disse. 
Ainda conforme Cachioni, a decisão pelo corte foi “preventiva”. 
“É um dos pontos mais importantes da cidade e foi por uma questão de segurança”, afirmou. 
Funcionários da Casa mostraram ao JP rachaduras no chão causadas pelas raízes. 
De acordo com a prefeitura, como forma de “reposição”, deverá ser agendado por técnicos da Sedema o plantio de dez árvores de tamboril, espécie considerada símbolo de Piracicaba (e uma das responsáveis pelo povoamento da cidade, já que sua madeira é usada na construção de barcos). 
A coordenadora da Casa do Povoador, Margarete Zenero, comentou que a medida foi acatada com “pesar” e que causou comoção. 
“Infelizmente não teve outra alternativa, porque estava comprometendo a estrutura do imóvel. A raiz estava entrando, soltando o piso e estávamos perdendo o nosso patrimônio”, relatou.

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